Vasco da Gama e o caminho marítimo para a Índia

03-12-2013 21:34

Vasco da Gama e o caminho marítimo para a Índia

D. João II reuniu todas as condições de que precisava para lançar a expedição para o descobrimento do caminho marítimo para índia. Infelizmente não pode viver a glória de atingir a Índia porque faleceu em finais de 1495. Sucedeu - lhe D. Manuel I.

Esta expedição era formada por quatro navios: São Gabriel,São Rafael, Bérrio e um navio de abastecimento, era Vasco da Gama quem comandava tudo isto e seguia na não principal, a São Gabriel.

A 8 de Julho celebrou - se uma missa na igreja do Restelo na presença de D. Manuel I, da tripulação e de todo o povo lisboeta. Dada a benção, partiram então na maior e mais longa aventura, que tinha prevista uma duração de 2 anos. 

Até ao Sul de África a viagem decorreu de forma normal mas ao passar as Canárias o nevoeiro levantou - se e as naus dispersaram - se, acabando por se perderem umas das outras. Contudo, tinham combinado que se algo deste género acontecesse, encontrariam - se na ilha de Santiago, em Cabo Verde e assim o fizeram.

Reiniciaram a viagem a 3 de Agosto mas desta vez para Sudoeste para apanharem ventos favoráveis. A 19 de Novembro avistaram o cabo da Boa Esperança mas só o conseguiram dobrar no dia 22 devido á luta com vagas alterosas.

A partir de agora iriam navegar por mares desconhecidos ... Seguiram ao longo da costa e acabaram por reconhecê - la, mas, as correntes fortes acaram por afastá - los para Sul. Por esta altura o medo dominava todos os marinheiros tendo eles se revoltado contra Vasco da Gama, uma vez que existia a possibilidade de estarem no mar Tenebroso. Contudo, Vasco da Gama não se deixou vencer conseguindo dominar asssim a revolta da sua tripulação. 

A 2 de Março chegaram a Moçambique, ao verem mouros por estas bandas associaram que estariam perto da Índia. O sultão dirigiu - se ás naus para fornecer informações a Vasco da Gama sobre a costa onde se encontravam, mas este limitou - se a oferecer - lhe alguns presentes e pedindo - lhe também um piloto para os guiar dali em diante. Assim foi, o sultão deu - lhe um piloto mouro mas armou também uma cilada. 

O piloto mouro guiou - os até Mombaça e tentou converncer Vasco da Gama a entrar no porto, mas este não se acreditou e ordenou partir novamente. 

Ao pôr do Sol já se encontravam em Melinde. O rei recebeu os portugueses com toda a sua generosidade, oferecendo - lhe também um famoso piloto para os conduzir até Calecut (Índia).

Com o vento a seu favor, seguiram diretamente para o seu destino. Entre 17 e 18 de Maio de 1498 avistaram a costa índica e a dia 20 encostaram no porto de Calecut.

O rei da Terra ordenou que se realizasse uma audiência com todos os embaixadores vindos de longe. Vasco da Gama foi um dos convocados e com alguns dos seus homens lá se dirigiu.

Por sua vez, Vasco da Gama representou Portugal e D. Manuel dizendo que este era um rei muito poderoso e desejoso de fazer acordos de amizade e comércio com os reis do Oriente. Samorim não parecia muito convencido com estas palavras.

Os portugueses começaram de imediato a negociar com os comerciantes da zona em troca de estanho e panos trazidos nas naus, Samorim acabou por acreditar enviando assim uma carta ao rei de Portugal a dizer ter aceite relações de comércio.

Vasco da Gama foi a cara de um dos maiores acontecimento na história do Mundo. Regrassado a Portugal dirigiu - se á ermida de Nossa Senhora de Belém rezar uma novena. Passados esses nove dias, dirigiu - se Lisboa e D. Manuel I recebeu - o dando - lhe as vilas de Sines, Vila Nove de Milfontes, uma tença anual de trezentos mil reis e o título de Dom. Levou - o também ao seu lado num desfile pelas ruas de Lisboa.

                                                

Fontes: 

Texto: História de Portugal, De Viriato e os Lusítanos a Camões, Girassol Edições.

Imagem: Google Imagens, assedido em 03-12-2013.

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