O comércio de escravos

03-12-2013 21:19

O comércio de escravos 

Um dos motivos da conquista de Ceuta em 1415, foi a necessidade de mão-de-obra. Plea cidade de Ceuta passavam várias rotas, muitas delas de escravos. Durante uns tempos, os escravos chegaram a ser mais importantes que o ouro, visto que a sua obtenção era mais fácil e menos dispendiosa.

Os primeiros escravos a chegar á Europa entre no séc. XIV e na primeira metade do séc. XV eram naturais das Canárias, mas devido á valentia e difícil aprisionamento, os portugueses decidiram dedicar- se á costa ocidental africana.

O lucro de tráfico de escravos era generoso e os portugueses logo se lançaram para a costa africana, que bem conheciam. Deram então inicio á captura de escravos. 

Na década de 1450 aglomerava-se já uma media de 700-800 escravos por reino, onde depois eram quase todos canalizados para a Europa, com destino a Lagos ou Lisboa, o que atraia comerciantes de Itália, de outros reinos ibéricos e do Norte da Europa, sendo esta a sua importância para a economia europeia e para a obtenção de lucros extra.

No séc. XV cerca de 5-7 % da população portuguesa eram escravos.

Anos mais tarde, já no séc. XVI, os escravos eram a terceira mercadoria mais importante, a seguir ao ouro e outras mercadorias, este que foi o século de maior afluência de escravos. Encontravam-se em toda a costa de África, fosse no Atlântico ou no Índico, mas principalmente na Guiné e no Congo. Tinham diversos destinos tais como: a Madeira, Cabo Verde, S. Tomé e Brasil. Na Ásia, também havia a procura de escravos, mas estes vinham de diversas regiões do próprio continente.

No século seguinte, o número de escravos importados baixou sensivelmente na capital dado o seu preço ser elevadíssimo, ainda que o seu número fosse apreciável, em oposição do Brasil, que cresceu sempre até ao séc. XVIII. As condições de transporte eram duríssimas, morriam muitos escravos na viagem, por vezes metade.

Todo este lucrativo tráfico fez com que os negros se confrontassem com o mercado europeu, que não pagava tão bem quanto os das colónias. De recordar também, que no séc. XVII, existiam ainda um elevado número de escravos em Portugal, mas foi sempre diminuindo até quase assumir proporções insignificantes em meados do mesmo século, começando este problema a invadir as mentalidades e a cultura da época, fortemente iluminada pela razão e pelos direitos humanos em alguns setores importantes da sociedade.

Fontes:

Texto: www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.infopedia.pt%2F%24comercio-de-escravos&h=_AQG8E0pj , assedido em 03-12-2013.

Imagem: Google Imagens, assedido em 03-12-2013.

 

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