A vida nas Caravelas

03-12-2013 17:14

As viagens por mar dos destemidos portugueses no século XV, foram possíveis devido ao melhoramento da caravela. A caravela é um navio com pequeno comprimento (cerca de 20 metros), que suporta em média um tripulação de 25 pessoas. As primeiras caravelas foram construídas para a navegação costeira.

Fonte: Grande Atlas dos Descobrimentos, Livraria Civilização Editora , Neil Grant, 1993.

 

  • Partes da caravela;

Porão: local onde eram guardados os mantimentos, as armas e as mercadorias;

Convés: onde se trabalhava, dormia e comia;

Castelo de popa: sítio onde o piloto orientava a navegação. Era dividido em dois pequenos quartos, um para o capitão e outro para o escrivão;

Leme: espécie de volante que era usado para orientar um navio;

Mastro;

Velas;

  • Tripulação;

Capitão: na maior parte das vezes era um nobre e tinha a autoridade máxima a bordo;

Piloto: era quem tinha mais conhecimentos sobre 'a arte de navegar' e cordenava também todas as tarefas de navegação;

Mestre: era o responsável pela tripulação;

Marinheiros: eram dirigidos pelo mestre e faziam as tarefas que lhes eram atribuídas (limpeza e conservação do barco, fazer cargas e descargas das mercadorias, estar ao serviço do piloto, exercer a função de homem do leme, ...);

Grumetes: eram jovens que iam ganhar expriência para um dia mais tarde se tornarem verdaeiros marinheiros;

Artificies: exerciam vários tipos de funções (carpinteiro, barbeiro, médico, .. );

Escrivão: responsável por registar tudo o que se passava durante as viagens;

Capelão: responsável pelas tarefas relacionadas com a religião;

 

  • Os perigos do mar;

As viagens pelo oceano Atlântico eram sempre viagens de grande incerteza e perigo, mas tanto o capitão como o piloto tomavam sempre precaução de forma a que não corressem perigo. Para exemplificar, quando começavam a aproximar - se de terra, utilizavam o sonar para medir a profundidade existente abaixo do navio para não correrem o risco de encalhar.

  • A alimentação;
Nesta altura o alimento era escasso e bastante controlado para que não acabasse ao longo da viagem. Os mantimentos eram distribuídos de mês a mês por todo os os marinheiros, tendo eles a responsabilidade de os conservarem de forma a não ficarem sem comida.
Os alimentos eram á base de carne de vaca e porco, vinho, água, azeite, vinagre, farinha, sal, legumes, frutos secos, açucar e mel. Contudo, o alimento mais abundante era o pão. Toda a comida era distribuida crua e cada cozinhava apenas para si.
 
 
  • A higiene;
Tanto os marinheiros, como muitos outros tripulantes não tomavam banho pois a água era um bem essecial devendo ser usada apenas para cozinhar os alimentos.
As necessidades eram feitas também para um tábua com um buraco com uma parte colocada fora do barco ou então eram feitas em baldes e de seguida despejadas para o mar.
 
 
  • As doenças;

A falta de higiene como já vimos era elevada, a alimentação pouco variada e a inexistência de alimentos frescos provocava um elevado número de marinheiros com doenças. 
A doença mais temida era o escrobuto, provocada pela falat de vitamina C levando a inchaços nas gengivas e impendindo os marinheiros de se alimentarem, podendo esta levar á morte. 

 

  • Os tempos livres;

Quando a navegação estava mais fácil e não havia tarefas a cumprir, os tripulantes ocupavam - se a jogar xadrez, a fazer simulações de touradas, faziam teatros e procissões e por vezes também pescavam. 

 

                               

Fontes:

 Texto:marioquintas.no.sapo.pt/vidaabordo.html , assedido em 02-12-2013. 

Imagem: Google Imagens, assedido em 03-12-2013. 

 

 

 

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